
Este ano teve um início bem ao nível de qualquer desejo pedido em cima da cadeira, durante as badaladas da meia-noite. É que no sábado que passou, eu, os alunos do seminário onde que estou inserida e o respectivo orientador, demorámos seis horas, na preparação desta estética gastronomia. Claro que estou a falar da comida oriental que se intitula de Sushi. Para mim, a palavra sushi causava-me algum pavor, na medida em que se fala em comer peixe cru. Ora, peixe cru, sem o molho de soja será, provavelmente um sabor menos desejado nas minhas papilas gustativas. Mas se adicionarmos para além do molho, as frutas, o pepino cortado de forma translúcida, as ovas que dão uma cor fantástica no acabamento, as algas, o arroz que tanto trabalho dá para manter o efeito de cola, o salmão fumado, as gambas decoradas com o respectivo arroz na barriga, o robalo cru, mas fresco e maravilhoso, o atum e todas as coisas boas que nos trás esta forma de comer diferente. Não é só da comida que se destaca a originalidade, mas também o facto de comer sem talheres, que provoca uma paz obrigatória e transporta consigo alguma serenidade à mesa, eu diria mesmo um estado zen. Para os que dizem que nunca comeram nada feito por mim, pois bem, devo dizer que sei fazer sushi, garças ao meu orientador que, para além de nos ensinar a escrever, ainda se dedica a confeccionar e a transmitir todo o seu infindável conhecimento, com tanta dedicação! Os meus sinceros parabéns! É bom haver momentos assim na nossa vida!