sexta-feira, janeiro 26, 2007

obrigada, André Letria



Pela disponibilidade de ser entrevistado. Pela atenção. Pela simpatia.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

o último adeus

Entrei na enfermaria do lar e lá estava ela. Com os olhos quase fechados, percebeu que era eu que ali estava. Olhei para a cama do lado e uma senhora olhava para mim. Tinha um rosto de menina e chamavam-lhe a Carochinha. Perguntei se precisava de alguma coisa e se tinha dores. "Estou à espera de me ir embora..." É assim, a enfermaria é o ponto sem retorno. É onde a história de uma vida acaba. Debrucei-me sobre o rosto da minha avó, segurei-lhe no cabelo e na mão e despedi-me com um último beijo. Sabia que seria o último adeus.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

ler e ser


Hoje celebrei o Dia Internacional da Alfabetização de uma forma original. Sou tutora de um aluno do 7º ano e iniciámos a leitura oral de um livro (que ele escolheu). Ele leu para mim e eu li para ele, como a mãe conta ao filho uma história, ali estivemos nós. Eu gostei e ele gostou. O livro é uma companhia, o livro faz-nos rir, o livro faz-nos chorar, o livro transmite muitas emoções e estados de alma. O livro é como um amigo. Espero que este tenha sido um passo para o Ruben ler muitos mais livros daqui em diante.
Já agora, retirando a ideia do Expresso, se tem livros que enchem excessivamente a prateleira, porque não oferecer? Existem ONGs que se encarregam de enviar os livros para Timor ou Cabo Verde ou então, informe-se na junta de freguesia.

domingo, janeiro 07, 2007

Amadeo de Souza Cardoso

No meu tempo de faculdade, fiz em conjunto com outros colegas um trabalho sobre o Amadeo de Souza Cardoso. Nesta exposição pude recordar muitos dos quadros vistos (na altura em papel) e a letra da música inventada por nós, para a apresentação oral do respectivo, que descreve muito bem esta preciosidade portuguesa:

Sou o português à força
Dentro do meu país
Portugal esquecido da Europa
Trocado por Paris




Sou o português à força
Que não faz o que se espera
Tenho algumas influências
Numa perspectiva moderna

Sou o português à força
E apesar de original
Fui um pintor para o mundo
Só depois para Portugal

Corpo no presente
Olhos no futuro
Amadeu pintava mais do que via
Português à força
O pintor diferente
Descobria-se pintando
Aquilo que queria